Longe do cigarro
Programa municipal incentiva fumantes a largar o cigarro
Imbituba
Você sabia que uma em cada dez mortes de adultos está relacionada com o tabagismo? Segundo o Ministério da Saúde, no período em que o ser humano consome o cigarro, são introduzidas no organismo mais de 4.700 substâncias tóxicas, muitas delas pré-cancerígenas.
Atualmente, cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o planeta são fumantes. O uso do cigarro é tão prejudicial que, no mundo, morrem mais pacientes de doenças relacionadas ao tabagismo do que de AIDS, álcool, drogas, homicídios, suicídios e até acidentes de carro. O tabaco é uma droga tão forte, que torna o indivíduo dependente em pouco tempo.
Largar o cigarro não é tarefa fácil, mas é possível para quem se dispõe. De acordo com o Ministério da Saúde, após 20 minutos longe do tabaco, a pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal. Após 2 horas, não há mais nicotina circulando no sangue. Após 8 horas, o nível de oxigênio no sangue se normaliza. E depois de 12 e 24 horas, os pulmões já funcionam melhor.
Em boa parte dos casos, a falta de incentivo está entre as principais causas do fumante não conseguir largar o cigarro. O estímulo, que deveria partir de casa, muitas vezes, surge em programas ligados as Secretarias de Saúde dos municípios.
Em Imbituba, um grupo de oito pessoas concluiu nos últimos dias, o Programa de Combate ao Tabagismo. Orientados por enfermeiros, durante um mês, eles participaram dos encontros na Unidade de Saúde do bairro Campo da Aviação.
“Fizemos encontros semanais. Agora, o tratamento será feito em casa. Serão mais dois meses. Os pacientes receberam um kit com adesivos de nicotina para serem usados ao longo do tratamento. A medida em que os meses vão passando, o uso do adesivo é reduzido gradativamente, informou a enfermeira Gisele Veira Prates.
O grupo atendido tem idades entre 23 e 70 anos. São pessoas que procuraram o auxílio da Secretaria de Saúde de Imbituba porque não conseguiam largar o cigarro. Agora, em meio ao tratamento, os oito participantes já consideram uma conquista essa nova fase.
“Muitos estavam precisando de ajuda e não estavam conseguindo sozinhos. E nós, fizemos parte dessa conquista deles. É muito gratificante quando eles nos abraçam, felizes pelo que conquistaram até aqui. Isso demonstra o reconhecimento do nosso trabalho”, reiterou a enfermeira Gisele Vieira Prates.