TESTE DO PEZINHO PASSA A SER REALIZADO EM DEZ UNIDADES DE SAÚDE

Ter um filho saudável é o desejo de todos os pais. Para isso, é fundamental levar os bebês para fazer determinados exames, a exemplo do Teste do Pezinho, que pode detectar precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas nos recém-nascidos.

Ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o exame ajuda a diagnosticar e tratar precocemente doenças que afetam o desenvolvimento de crianças, uma delas a anemia falciforme, que é a forma mais grave da doença falciforme que acomete mais de 30 mil brasileiros.

 Em Imbituba, estava sendo realizado em apenas três Unidades de Saúde da Família (USFs) e agora, passa a ser oferecido, gratuitamente, em dez unidades: Policlínica, Vila Nova, Vila Nova Alvorada, Mirim, Nova Brasília, Alto Arroio, Araçatuba, Ibiraquera, Guaiuba e, em breve, Roça Grande.

 Para a secretária de saúde, Graciela Ribeiro, o objetivo é facilitar o acesso ao exame e as famílias que precisam levar os recém-nascidos para realizarem o teste. “A coleta dentro da unidade facilita o acesso ao serviço e a realização do exame dentro do período ideal, que é do terceiro até o quinto dia. Isso também contribui para a qualidade de vida das crianças, pois direciona para o tratamento precoce de doenças que podem trazer sérios problemas para o seu desenvolvimento mental e físico”, avalia. “Esse serviço também pode ser oferecido nas próprias unidades com agilidade, graças as subagências dos Correios que estão sendo mantidas pela administração municipal, já que os exames são enviados via correio para a Fundação Ecumênica de Apoio ao Excepcional (FEPE), em Curitiba (PR), onde são feitas as análises”, completa.

 A gerente de imunização, Joana Dias Melo, ressalta que os pais ou responsáveis precisam se conscientizar de que o Teste do Pezinho é de extrema relevância para a saúde dos bebês. “Os pais, cientes da importância do diagnóstico precoce, devem ficar atentos não só a realização do teste, mas ao acompanhamento e retirada do resultado. Caso os resultados estejam alterados, o laboratório entrará em contato imediato com a unidade onde a coleta foi realizada para que os profissionais de saúde façam a busca pela família. Se os pais já estão acompanhando, fica muito mais fácil e rápido. Uma segunda coleta de material será necessária para a realização de exames confirmatórios”, orienta a gerente informando que de janeiro a julho deste ano já foram realizados 243 testes.

 Para realizar o exame, basta levar o bebê em uma das dez unidades informadas acima, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. Levar o cartão de vacina, cartão do SUS da mãe e da criança, o registro de nascimento ou DNV (declaração de nascidos vivos).

 O exame

 O exame laboratorial, chamado também de triagem neonatal, detecta precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que poderão causar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê. Esse exame é popularmente conhecido como teste do pezinho, pois a coleta do sangue é feita a partir de um furinho no calcanhar do bebê.

O teste do pezinho é obrigatório por Lei em todo o Brasil e a simples atitude de se realizar o exame faz com que doenças causadoras de sequelas irreparáveis, no desenvolvimento mental e físico da criança, sejam detectadas e tratadas mesmo antes do aparecimento dos sintomas.

O diagnóstico precoce oferece condições de um tratamento iniciado nas primeiras semanas de vida do bebê, evitando a deficiência mental.

Existem diferentes tipos de exames do pezinho. O Sistema Único de Saúde (SUS) instituiu o Teste do pezinho, por meio do Programa Nacional de Triagem Neonatal, e que cobre a identificação de doenças como a Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Fibrose Cística, Doenças Falciforme, Hemoglobinopatias, Deficiência da Biotinidase e Hiperplasia Adrenal Congênita.

Importante

Não esqueça de buscar o resultado. Não se preocupe se tiver que repetir o exame. O teste do pezinho exige repetição para esclarecer o primeiro resultado, quando suspeito de normalidade ou quando o teste é realizado antes de 48 horas de vida.

Um resultado normal, mesmo no teste ampliado, não afasta a possibilidade de outras doenças neurológicas genéticas ou adquiridas. O teste não diagnostica, por exemplo, a Síndrome de Down.