Projetos de compensação ambiental são apresentados

Recuperação e revitalização da Lagoa do Cantagalo e Espaço Multiuso no canto da Praia da Vila são projetos que serão avaliados.

 

A Prefeitura Municipal de Imbituba está participando das mediações para a conciliação do processo que está sendo movido pela Associação de Moradores da Rua de Baixo (AMRB) e Associação de Surfe de Imbituba (ASI), contra a empresa Votorantim em relação à poluição pela movimentação de coque de petróleo no Porto de Imbituba. O objetivo da reunião foi oferecer contrapartidas que a empresa poderia fazer para cidade, através de um Termo de Ajustamento de Conduta, em troca da remoção do processo na Justiça.

O prefeito em exercício, Elísio Sgrott, participou da mediação e acredita na viabilidade dos projetos. “Percebemos que a empresa investiu em novas rotinas de transporte, instalou um sistema de contenção de partículas, entre outros. Por isso estamos procurando uma compensação que possa resolver as diferenças e melhorar a qualidade de vida da população”, afirma. Todos os envolvidos ainda estão avaliando as condições do processo e uma nova reunião será agendada.

A AMRB apresentou um projeto para a Lagoa dos Cágados, no centro da cidade, conhecida como Lagoa do Cantagalo. O objetivo é a recuperação ambiental e revitalização de 6.800 m² de área degradada, além de limpeza e recuperação da lâmina d’água,  solo e vegetação com espécies nativas da Mata Atlântica. Na área cultural, o projeto prevê a implantação de uma praça temática da história açoriana no litoral catarinense, réplica de um engenho de farinha, um rancho de pesca, histórico portão da Granja Henrique Laje e a integração com a Ferrovia Tereza Cristina, através da colocação de uma Maria Fumaça com vagão. O valor aproximado é de R$ 300 mil.

A ASI sugeriu a construção de um Centro de Técnico de Surf, Espaço Multi Uso, de Saúde e Infantil, a ser instalado no Canto da Praia da Vila, no valor de aproximadamente R$ 150 mil. De acordo com o projeto é um conceito moderno de intervenção urbana sem agressão ao ambiente e com a utilização de materiais renováveis e/ou reciclados de origem certificada. O objetivo é oferecer um espaço que atenda todos os processos e níveis do esporte desde o próprio atleta, a parte médica, técnica, de equipamentos, até meio ambiente, economia e sociedade.

 

 

Texto: Emanuelle Querino Alves de Aviz

Foto: Claudio Moreira Lima / Assossiações