Região prepara lei para regulamentar observação de baleias

Imbituba, Garopaba e Laguna devem criar leis municipais de regulamentação da atividade. Reunião com procurador do Estado definiu estratégia para a reverter a proibição .

 

Imbituba, Garopaba e Laguna buscam uma solução para reverter a proibição do turismo de observação embarcada de baleias-franca. Em reunião com o Procurador do Estado, Cláudio Zoch de Moura, e o Secretário de Estado de Turismo Valdir Walendowsky, empresários, secretarios de turismo e procuradores gerais dos três municipios traçaram estratégias para derrubar na justiça a proibição da atividade, em reunião na Associação Empresarial de Imbituba – ACIM.


A decisão principal é formulação de uma lei municipal que regulamente e fiscalize os operadores. Uma audiência na justiça federal já foi solicitada para que o turismo embarcado seja liberado na temporada de 2014. “É uma ação bastante complexa, com muitas páginas, sendo preciso agir objetivamente. Pretendemos uma suspenção imediata da proibição. Mas é necessário que os municípios provem que a atividade é organizada, regulada e fiscalizada, além de todas as implicações ambientais e econômicas”, afirma Zoch.


Para o Secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Valdir Walendowsky, Santa Catarina investiu por muitos anos na divulgação da observação embarcada de baleias e é imprescindível resolver o problema. “O Estado sempre esteve junto neste processo e nos posicionamos muito bem no mercado internacional para isso. Ninguém pensa em prejudicar as baleias, pelo contrário, é uma atividade que trabalha a consciência ambiental e a preservação”, explica.


O Secretário de Turismo de Imbituba, Adilson Silvestre, promoveu o encontro das autoridades para buscar uma solução definitiva. “A ação judicial não é contra nós, mas as cidades e os empresários são os mais prejudicados, pois é o nosso turismo de baixa-temporada que está comprometido. Deixamos de receber milhares de turistas e de gerar economia para toda a região. O trabalho é conjunto para um resultado favorável ao turismo e ao meio ambiente”, considera.


Desde 2013 está proibido o turismo embarcado de observação de baleias. A partir da próxima semana os municípios irão se reunir para criar os probjetos de leis municipais que regulamente e fiscalize a atividade. Paralelamente será incentivado um plano de manejo para a Area de Proteção Ambiental da Baleia-Franca (APABF). 


Texto e fotos: Emanuelle Querino Alves de Aviz