Saúde comemora resultados do Programa de Combate ao Tabagismo
O Programa Tabagismo de Imbituba, executado em nove unidades de saúde, através da Secretaria Municipal de Saúde, atendeu somente neste ano, mais de 80 pacientes que sonham em largar o vício e ter uma qualidade de vida melhor longe do cigarro.
Vinte e um pacientes, ou seja, 25,6% dos pacientes atendidos pelo programa, conseguiram largar o vício definitivamente.
“Para cada uma pessoa que para de fumar, significa uma qualidade de vida melhor e ter baixo risco de desenvolver câncer, problemas cardiovasculares e doenças pulmonares obstrutivas crônicas, entre outro agravos a saúde. Também significa uma economia pessoal de 210-230 reais mensais para quem fuma até um maço de cigarros e 420-460 reais mensais para quem fuma dois maços”, registra Camilo Marques Campos, responsável pelo programa.
O tratamento é totalmente gratuito e, para participar, basta procurar a unidade de saúde de seu bairro.
29/08 – Dia Nacional de combate ao Fumo
O tabagismo passivo mata cerca de 600 mil não fumantes todos os anos no mundo, dos quais 165 mil são crianças menores de 5 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que considera a epidemia de tabagismo a maior ameaça à saúde pública que o mundo já enfrentou. “A fumaça de cigarros, charutos e cachimbos contém as mesmas substâncias tóxicas e cancerígenas que o fumante inala e pode causar, em não fumantes, doenças graves como câncer e infarto”, enfatiza Eduardo Macário, diretor da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (Dive/SES/SC). Segundo ele, mesmo quando o ato de fumar se dá ao ar livre, uma pessoa próxima ao fumante pode inalar até 50 vezes mais materiais tóxicos do que inalaria em um ambiente externo não poluído. Esses dados integram a campanha “Tabaco: uma ameaça ao desenvolvimento”, lançada este ano pela OMS e reforçada pelo Instituto Nacional do Câncer em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto.
O impacto do tabagismo sobre a mortalidade e a qualidade de vida no Brasil é diretamente responsável pela perda, a cada ano, de 4.203.389 anos de vida e é responsável por 12,6 % de todas as mortes que ocorrem no país em pessoas maiores de 35 anos. “Considerando esses dados, 156.216 mortes por ano poderiam ser evitadas”, alerta Gladis Helena da Silva, gerente de vigilância de agravos da Dive/SC. As principais doenças provocadas pelo tabagismo são câncer, doença cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Considere-se, ainda, que o tabagismo gera custos médicos diretos por ano de R$ 39,4 bilhões, o equivalente a 8% de todo o gasto com saúde, e R$ 17,5 bilhões em custos indiretos decorrentes da perda de produtividade devida à morte prematura e incapacidade, de acordo com a Nota Técnica “Tabaco: uma ameaça ao desenvolvimento” do INCA/Ministério da Saúde. Ainda conforme o documento, as perdas anuais no país em decorrência do tabagismo chegam a R$ 56,9 bilhões, 1% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do país. A arrecadação tributária da venda de cigarros é de cerca de R$ 13 bilhões ao ano, valor que cobre apenas 23% das perdas causadas pelo tabagismo.