Imbituba faz troca experiências em alfabetização
Os professores alfabetizadores compartilharam suas experiências após a conclusão das aulas de 2014 do PNAIC.
O Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) está encerrando mais um ano de estudos. Em Imbituba foi realizado nesta quarta (3) um seminário de troca de experiências entre os 38 professores alfabetizadores, do 1º ao 3º ano, da Rede Pública Municipal. Eles participaram de uma formação de 160 horas para atingir a meta: garantir o direito à alfabetização plena a todas as crianças até os oito anos de idade.
De acordo com Michela Freitas, secretária de educação, isto significa que o aluno saiba ler e escrever, conseguindo entender e interpretar, e também fazer os cálculos matemáticos básicos. “É a alfabetização para a vida, para as situações que a criança vai encontrar para o seu crescimento. O PNAIC é uma força tarefa entre o Governo Federal e o Município, garantindo a formação continuada dos professores alfabetizadores. O trabalho é maravilhoso e já está apresentando resultados”, explica.
Em 2014 a formação foi voltada para Matemática e Linguagem. Ao todo foram 40 encontros à noite, fora do horário de trabalho. Cada professor recebeu uma bolsa-incentivo do Governo Federal. As aulas foram ministradas pelas orientadoras de estudo Fabiane Corrêa e Rosineide Crispim, que passaram por formação de 240 horas para serem formadoras de professores alfabetizadores, sob a coordenação de Andréia Pacheco.
O curso é estruturado para permitir a melhoria da prática docente e seguiu uma ordem permanente de atividades voltadas à alfabetização. No estado os conteúdos são elaborados pela Universidade Federal de Santa Catarina, incluindo a abordagem inclusiva. Em 2015 serão trabalhadas as disciplinas de história, geografia e ciências.
Contação de histórias é tema de palestra
Além da socialização dos trabalhos, os professores de Imbituba participaram de uma palestra com Júlia Mendonça, de Capivari de Baixo, professora de artes especialista em contação de histórias. “Contar histórias é um dom e uma arte que todos têm, só precisamos despertar. Este dom é fundamental para o professor, pois trabalhamos com crianças. Hoje estou aqui para encantar os professores, porque professor encantado é encantador. Aquele que é apaixonado consegue fazer o aluno acreditar na educação. Não adianta a escola ser toda equipada se o professor não tiver paixão. A escola fica sem vida”, acredita.
“Quero que levem o encantamento pela leitura e pela literatura, seja escrita ou falada. O aluno precisa ler e entender e não podemos dar a eles a moral da história. Se dizemos o que está certo ou errado, como formaremos cidadãos críticos? A criança já tem noção e deve dar a sua opinião e chegar sozinha ao seu entendimento. O professor tem o poder de tornar este aluno em um leitor que questiona e analisa”, frisa.
Texto e fotos: Emanuelle Querino Alves de Aviz