Macrodrenagem de Nova Brasília prevê 20 anos de crescimento

O estudo contemplou também as regiões de Mirim e Campestre. Agora será preciso captar recursos para realizar a obra.

 

 

O projeto de macrodrenagem do bairro Nova Brasília, incluindo Mirim e Campestre foi entregue ao prefeito Jaison Cardoso e ao secretário da Secretaria de Desenvolvimento Regional Oeste, Rafael Martins. O estudo apontou as causas dos alagamentos recorrentes na região e também o porquê do mau cheiro nas bocas de lobo. O evento foi no Centro Multiuso do bairro, na noite desta quarta-feira (9/4).


De acordo com o engenheiro Tadeu Oliveira, os alagamentos ocorrem por uma série de problemas. “O bairro está em cima dos canais naturais de escoamento de água, sendo que para drenar a água da chuva contamos apenas com o sistema artificial constuído. Porém existem trechos com dutos muito pequenos, bocas de lobo interrompidas, e muita areia sendo naturalmente levada pelo vento e pela chuva para o sistema”, explica.


Quanto ao mau cheiro, é o resultado de ligações clandestinas de esgoto. “Esta prática, infelizmente, é muito comum aqui. Encontramos muito esgoto na rede pluvial, o mau cheiro sai pela boca de lobo e as pessoas acabam fechando a abertura, seja com tijolos ou até mesmo cimento, o que obviamente vai impedir a entrada da água da chuva, gerando o alagamento”, explica.


O prefeito Jaison Cardoso, conversou com a comunidade sobre os problemas a serem resolvidos. “No centro da cidade precisamos multar e fechar essas ligações. Em Nova Brasília precisaremos tomar as mesmas medidas. Quem não tiver condições financeiras de fazer a própria fossa, a prefeitura precisará ajudar, é preciso consciência. Estamos fazendo este projeto, observando a topografia, dutos maiores, os problemas da areia e as bocas de lobo, para que no futuro não enfrentemos piores alagamentos, como nas grandes cidades”, explica.


Na próxima semana já devem começar as visitas ao Governo do Estado, que administra a principal via do bairro, a avenida Cônego Itamar Luiz da Costa, para participar do financiamento da obra. Serão solicitados recursos do Badesc e espera-se o apoio da Assembleia Legislativa.

 

Sobre o projeto

 

O estudo prevê uma rede que tenha capacidade para atender as chuvas dentro de um crescimento estimado em 20 anos. A tubulação deverá ser de um material chamado PAD, um tipo de PVC, que é mais liso que o cimento, material da tubulação instalada, o que facilitará o escoamento da água. Atualmente os diâmetros são de 40 e 60 cm, e devem passar para 80 cm, 1m e 1,50m.


O valor total da obra, se for realizada completamente em um só orçamento, custará R$ 9.558 milhões. Dividida em quatro etapas, a primeira abrange a via principal do bairro, custará R$ 5.449 milhões; resolve os problemas mais graves e é a mais abrangente. Ainda em Nova Brasília, a segunda etapa precisará de R$ 1.532 milhão. A terceira etapa abrange a região do Campestre, ficou no valor de R$ 1.718 milhão. A quarta parte, que contempla o bairro Mirim, terá o custo de R$ 1.502 milhão.


Os valores foram orçados com base nas tabelas do Governo Federal, Caixa Econômica e Dnit e incluem tudo o que será necessário para a execução, inclusive a remoção do asfalto e calçamento existentes, e suas reposições. A rede pluvial atual, mesmo com problemas, deve ser mantida para auxiliar o processo.

 

 

Texto e fotos: Emanuelle Querino Alves de Aviz