Palestra abre os trabalhos do Plano Municipal de Cultura

A Secretaria de Cultura promove o evento com o objetivo de conscientizar a população da importância em participar do processo.

 

Para iniciar o trabalho de construção do Plano Municipal de Cultura de Imbituba será realizada a palestra Patrimônio Cultural, Memória e Sociabilidades, no dia 10/4 (quinta-feira), às 19h30 no auditório da Escola E.B. Henrique Lage. O palestrante será o museólogo e mestre em patrimônio cultural Eráclito Pereira. O objetivo é que a elaboração do documento conte com a participação democrática dos representantes da sociedade civil, ou todo cidadão ciente da importância do Plano.

Após a palestra, promovida pela Secretaria de Cultura, será feita uma breve introdução sobre a elaboração do Plano e seu formato participativo, feita pela empresa Viés Cultural. Ela é responsável por realizar o plano e foi contratada através de convênio entre o Governo de Imbituba e a Votorantim Cimentos. A secretária de cultura Valéria Rodrigues convida toda a cidade para participar. “Será um momento de esclarecimento e orientação. Enfim nosso Plano será elaborado. Cada cidadão faz parte da cultura, portanto é convidado a entender e participar deste processo”, afirma.

João Paulo Corrêa, museólogo e sócio gerente da Viés Cultural, afirma que embora  seja  elaborado  sob  a  coordenação  da  empresa,  e  com  ampla participação do Conselho Municipal de Cultura, o Plano deve servir à comunidade, exigindo,  para  a  sua  construção,  o  envolvimento  e  atuação  de  segmentos representativos  da  cultura  local.  “Esse  método  de  trabalho  irá  assegurar  a legitimidade do processo e permitirá um amplo pacto político entre  inúmeros atores,  gerando  perspectiva  de  continuidade  das  políticas  públicas  voltadas  para  a  área, independente de mudanças de governo”, esclarece.

 

O que é o Plano Municipal de Cultura?

 

De acordo com João Paulo, museólogo da empresa Viés Cultural, é um documento  formal que deve expressar motivações, desejos,  intenções, políticas, diretrizes, programas, objetivos e elencar projetos  para  o  desenvolvimento  da  cultura  nos  municípios.  “Ele  pode  ser compreendido como um instrumento de planejamento de médio e longo prazo, servindo para  dar  estabilidade  às  políticas  culturais,  pois  pode,  e  deve  contribuir  para  que ações planejadas em um dado momento possam ser executadas ao  longo de dez anos, ultrapassando, assim, períodos de gestão”, explica.

Para início dos trabalhos, cada seguimento cultural irá se reunir para debater sua respectiva realidade, e este debate marcará o início da primeira etapa do Plano, o Diagnóstico Cultural. O Diagnóstico Cultural pode ser entendido como o  resultado da análise de uma dada  realidade. É ele que permite conhecer criticamente a situação da cultura em  Imbituba,  indicando as suas  fragilidades e potencialidades, permitindo, assim, a identificação do que possa ser considerado prioritário no desenvolvimento da política cultural. 

“Para  um  bom  desenvolvimento,  o  Plano  Municipal  de  Cultura  deve compreender:  diagnóstico,  princípios,  objetivos,  diretrizes,  estratégias,  ações  e metas, que são utilizados para orientar a condução da política cultural no município”, finaliza João Paulo.

 

 

Texto: Emanuelle Querino Alves de Aviz