Elefante-marinho é localizado em Imbituba: população é alertada a não se aproximar de mamífero
Um Elefante-marinho foi localizado na região de Ibiraquera no último fim de semana. Por segurança, a localização do mamífero não foi informada pelos órgãos de defesa. A área do avistamento é monitorada pelo instituto Australis.
Trata-se do terceiro mamífero avistado em praias da região em 2024. Na semana passada, uma fêmea e um filho recém-nascido foram avistados pelo Instituto Australis em Garopaba.
Cabe ressaltar que não é comum o aparecimento desta espécie no Brasil.
O elefante-marinho-do-sul se distribui principalmente nas águas geladas do polo sul, próximo a convergência Antártica. Os nascimentos ocorrem naquela região e na costa da Argentina. No Brasil, a ocorrência surge quando os animais saem da rota migratória e acabam em águas brasileiras por engano.
Após receber denúncias sobre o aparecimento, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMA), isolou o local onde o Elefante-Marinho foi avistado. É importante que as pessoas mantenham uma distância de, pelo menos, 50 metros do animal.
“São animais muito grandes e embora não sejam agressivos, caso sintam-se ameaçados, podem tentar se defender. Em contato com a espécie, através de uma mordida ou um arranhão, há riscos de contrair algum vírus ou bactéria que o sistema imunológico humano não consiga combater. Os seres humanos também podem transmitir doenças ao Elefante-marinho”, destacou a bióloga da SEMA, Rafaela Cardoso Ramos.
Segundo a Associação R3 Animal, executora do Trecho 3 do PMP-BS (Projeto de Monitoramento de Praias – Bacia de Santos), o resgate ou remoção deste tipo de animal do local não é viável em função do seu tamanho, se tornando uma operação arriscada tanto para o animal quanto para a equipe de resgate.
“Pedimos a compreensão e apoio da comunidade, para não se aproximar e buscar manter uma distância de pelo menos 50 metros e não deixar animais domésticos chegarem ao local. O contato para acionamentos a este tipo de ocorrência pode ser feito pelo número 0800-642-3341”, destaca Karina Groch, Diretora de Pesquisas do Instituto Australis.
Foto de Tiago Gonçalves Cristino